3.6.04

Pessoas e Gaiolas

Hoje eu li uma matéria com o Rubem Alves. Achei tão lindas suas palavras que meus olhos se encheram de lágrimas...eu chorei não por estar triste mas por descobrir a razão de muitos dias tristes na minha vida. Eu sou uma menina que prendeu o pássaro, agora estou à espera de um reencontro. Eu já falei e repito que ele é um dos escritores que mais refletem a alma humana.

Essa é a história de uma menina e de um pássaro encantado que se apaixonaram. O pássaro voava para longe e voltava sempre, contando histórias de onde passou. Sofrendo com as constantes partidas da amada, a menina resolveu prendê-lo. Engaiolado, o pássaro mudou. Perdeu as cores nas asas; ficou sem canto. A menina também se entristeceu e acabou por abrir a gaiola. O pássaro agradeceu e partiu, e ela passou a ver o mundo como um lugar encantado. Começou a se enfeitar e a se fazer de bela, sempre à espera de um reencontro.

A moral dessa história é sabedoria imprescindível aos amantes, apaixonados, casados e namorados; aos pais e aos filhos, aos avós, netos, amigos, patrões e empregados. Afinal, ela ilustra uma verdade defendida pelo escritor Rubem Alves: “não há amor que resista à perda da liberdade. Se não houver liberdade, não existe possibilidade que o amor dure.”
Rubem Alves

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